do outro lado ...
o jovem pelo qual Yarinha se apaixonou, era um sonhador e realizador.
De uma família judia, vinda para o país no pós guerra , era o caçula de três irmãos. A mãe convertida ao catolicismo, desejava que o filho nunca saísse da cidadezinha onde viviam.
O pai, ortodoxo... não falava muito com os filhos...e acabou se separando muito cedo de todos.José cresceu entre plantações de fumo, e o hotel da família.
Aos 16 anos, criou sua própria rádio na cidade e aos 18, ingressou na Academia das Agulhas Negras no estado do Rio.
Parecia que tudo ia bem...
até Dona Anna, matriarca da família,resolver trazê-lo de volta ao Paraná.
Tentou por razões emocionais dissuadí-lo, não tendo êxito...forjou uma certidão onde ele "seria" arrimo de família...
(lembrando que ele era o caçula...tendo pai, e irmão mais velho na época)
Dona Anna, sabia como conseguir exatamente o queria...sempre soube.
Ele voltou e o motivo real, era que sua namorada na época havia engravidado... querendo que o filho casasse, ela arrumou tudo a revelia. Fato foi, que ao chegar em casa e descobrir o real intento, meu pai literalmente fugiu ...mas foi alcançado pelo pai armado, na casa do então irmão mais velho que já casado ,que morava numa cidade vizinha.
Não teve jeito, ele teve que casar.Casou e teve duas filhas,assim que o tempo passou e os ânimos se acalmaram...saiu um dia para comprar remédios ,pediu que entregassem em casa e nunca mais voltou.Nada nobre essa ação aliás, mas não me cabe julgar.
Assim, tentou correr mais uma vez atrás dos seus ideais.Foi para Curitiba, entrou no CEFET e começou a trabalhar para se manter e pagar seus estudos de engenharia mecânica.
Numa noite,na pensão de estudantes em que morava, apareceu um "freela"...
levar Yarinha de Moura e Dias e suas amigas para uma viagem pelo interior do estado por uma semana...e aí...
começou o "era uma vez"...