Hoje parei para ver uns retratinhos que chegaram do Paraná,onde achei essa foto linda de Yarinha. Aliás, todas as fotos dela são,
mesmo as de agora com os cabelinhos branquinhos são maravilhosas.
Daí me vi relembrando a minha infância, os momentos bons e ruins que passamos... recentemente a morte do meu pai,o assalto em casa...e descobri que nunca parei para falar sobre ela.
Escrevi sobre tanta gente, entrevistei tantas pessoas e Yarinha ia ficando de lado.
Na adolescência tive problemas sérios com ela...como qualquer filha tem com sua mãe, eu acho.
Mas a medida que o tempo passava, fui realmente conhecendo minha mãe, com suas muitas qualidades , talentos e alguns defeitinhos super humanos.
Descobrir que nossos pais são apenas humanos, leva tempo... parece o fim da linha em alguns momentos, afinal, em qum vamos nos inspirar ?Eles são nossos super heróis!?
Dona Yara é uma guerreira!
Uma vencedora!
Tenho uma amiga cineasta que diz que o roteiro da nossa vida "privada" não daria nem prá Spiellberg dirigir...
(exageros de Joana, hehehhe)
Tem uns capítilos realmente esquisitíssimos, mas afinal:
"a vida imita a arte ou a arte imita a vida?"
Minha querida mãe em questão foi meio vanguarda demais para sua época.
Nasceu na década de 40 no interior do Paraná numa família abastada,e entre todos os irmãos, foi a única a fazer faculdade na capital.
Em Curitiba, Yarinha entrou no diretório acadêmico e acabou virando presidente da UPE(união paranaense dos estudantes) ela estava no centro das mudanças políticas do estado, na UFPR na época em que essas questões estavam aflorando e tentando ser "sufocadas".
Numa viagem para "conscientizar" politicamente outros jovens, conhceu meu pai...que era então seu motorista.
Uau...aí começa a história de amor, ódio, garra, orgulho, dor, etc...
vou tentar ir escrevendo devagar, sem pressa como meu sobrinho lindo (Yurizinho fala)...
Mas que é linda e inspiradora, ah isso é!
Que linda ela está nesta foto!
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