Vamos viajar no tempo e voltar a época onde esse feito mudou o cenário do vôo livre no nosso país!
Final de 1986 e um desconhecido, apareceu só com uma mochila na rampa de São Conrado/ Rio de Janeiro,pico famoso entre voadores de ASA DELTA no Brasil.
Chegou meio tímido, e munido coragem foi abrindo aquele equipamento estranho perto de muitos outros voadores, que olhavam curiosos sem saber direito o que era aquilo, e muito menos que o tal cara, falava nossa língua foram logo zoando ele,dizendo: esse gringo vai se esburrachar,o que é isso que ele tá abrindo? Esse gringo vai se dar mal...etc...
Entre uma piada e outra,o clima para o aventureiro foi ficando tenso, mesmo assim seguiu em frente ou melhor... sem desistir, seguiu para o alto!
Naquele dia o céu ou alguém lá em cima, resolveu dar uma ajuda...e numa rajada de vento leste,o sujeito ganhou altura e uma moral danada com a galera lá na rampa.
Foi assim que aconteceu o primeiro vôo de parapente no Brasil, relembra Jerome Bertrand Saunier o responsável por tal façanha e o mais experiente parapentista no país!
Ele nasceu em 1963 em Reconviliers na Suiça e tem a aventura no DNA. Antes de se apaixonar por voar, atravessou literalmente muitos mares velejando. Durante o tempo que viajava e absorvia novas culturas trabalhava como SKIPPER no barco de um dos engenheiros do estádio Olímpico de Moscou.
Nas Ilhas Canárias,lugar muito especial na trajetória do jovem, aprendeu a falar espanhol.Foi lá também que conheceu Charles Bernard, pioneiro de ASA DELTA na Europa e a partir de então,incentivador da sua paixão por voar.Na Venezuela, ouviu um brasileiro falar de Canoa Quebrada pela primeira vez e decidiu que conheceria o lugar quando chegasse ao Brasil.Passou por Roraima, Manaus, Santarém e ficou quatro meses na Ilha de Marajó onde aprendeu a falar português.Chegou em Canoa Quebrada a primeira vez em novembro de 1984.
Mas a responsabilidade o chamava e no começo de 85 voltou para prestar serviço militar na Suiça. Livre mais uma vez para viajar,em 86 voltou as Ilhas Canárias e trabalhou com o amigo Charles que dessa vez o apresentou aquela que se tornaria uma das maiores paixões da sua vida, o Parapente.
Jerome já tinha experimentado o vôo de ASA DELTA, mas ver alguém dando vida ao sonho de ser pássaro...foi encantador,afinal o sonho de Ícaro, cabia numa mochila?
E assim foi correndo, ou melhor, voando para uma das primeiras escolas de parapente do mundo.Hoje, olhando para trás vê quantas loucuras cometeu em nome do “aprendizado das decolagens”,mas o brilho nos olhos revela que não se arrepende.E lembra também que teve que trabalhar muito até juntar dinheiro para pagar as aulas e comprar seu primeiro equipamento, que por ser raro era muito mais caro do que hoje em dia.Mas o esforço valeu a pena e no final de 86 veio com a sua própria “mochila” para o Brasil. Depois do primeiro vôo,
Assim escreveu seu nome na pedra(nuvem)inaugural do parapente nesse país.
Com base ainda no Rio , foi ao sul da Bahia de moto e descobriu Itacaré, quase que intuitivamente relembra, lugar onde construiu sua primeira casa em terras brasileiras.
E logo pegou sua “mochila voadora” e foi divulgar o parapente pelo nosso país.
Contabiliza vôos em:Atibaia, Serra Negra, Campos do Jordão, Petrópolis, Niterói, Teresópolis, São Conrado, Chapada Diamantina, Jibóia, Governador Valadares, Moeda, Espírito Santo, Brasília, Goiás, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Bahia , Ceará etc...
"é preciso ter vocação para voar”
E quem diria, foi outra grande paixão que o fez trocar Itacaré por Canoa Quebrada em 1992. Melhor chamar de AMOR a primeira vista! Lembra emocionado a primeira vez que viu Lijanira...
“quando a vi passar, disse para uma amiga,vou me casar com aquela moça"
Não foi tão fácil como ele imaginava mas aconteceu,e eles estão juntos há duas décadas, dessa união nasceu Luana.
“Luana já voa sozinha, surfa e faz kite surfe”
Conta o pai todo orgulhoso!
Sem falar na beleza do lugar e a constância dos ventos que a tornam um dos melhores pontos no mundo para voar.Isso ele afirma com a tranqüilidade e experiência de quem já voou na Venezuela, Ilhas Canárias, Espanha, Itália, Portugal, Suiça, Índia, Ásia, Tailândia, Argentina...
Vale salientar que o esporte está mais seguro a cada ano por causa da evolução dos materiais , tanto na performance como na segurança. E para quem se interessar recomenda procurar uma boa escola, levar as aulas assim como o vôo a sério e nunca se satisfazer com poucas informações.
" nossa geração tem muita sorte por poder pegar o sonho de Ícaro e realizá-lo".
Final de 1986 e um desconhecido, apareceu só com uma mochila na rampa de São Conrado/ Rio de Janeiro,pico famoso entre voadores de ASA DELTA no Brasil.
Chegou meio tímido, e munido coragem foi abrindo aquele equipamento estranho perto de muitos outros voadores, que olhavam curiosos sem saber direito o que era aquilo, e muito menos que o tal cara, falava nossa língua foram logo zoando ele,dizendo: esse gringo vai se esburrachar,o que é isso que ele tá abrindo? Esse gringo vai se dar mal...etc...
Entre uma piada e outra,o clima para o aventureiro foi ficando tenso, mesmo assim seguiu em frente ou melhor... sem desistir, seguiu para o alto!
Naquele dia o céu ou alguém lá em cima, resolveu dar uma ajuda...e numa rajada de vento leste,o sujeito ganhou altura e uma moral danada com a galera lá na rampa.
Foi assim que aconteceu o primeiro vôo de parapente no Brasil, relembra Jerome Bertrand Saunier o responsável por tal façanha e o mais experiente parapentista no país!
Ele nasceu em 1963 em Reconviliers na Suiça e tem a aventura no DNA. Antes de se apaixonar por voar, atravessou literalmente muitos mares velejando. Durante o tempo que viajava e absorvia novas culturas trabalhava como SKIPPER no barco de um dos engenheiros do estádio Olímpico de Moscou.
Nas Ilhas Canárias,lugar muito especial na trajetória do jovem, aprendeu a falar espanhol.Foi lá também que conheceu Charles Bernard, pioneiro de ASA DELTA na Europa e a partir de então,incentivador da sua paixão por voar.Na Venezuela, ouviu um brasileiro falar de Canoa Quebrada pela primeira vez e decidiu que conheceria o lugar quando chegasse ao Brasil.Passou por Roraima, Manaus, Santarém e ficou quatro meses na Ilha de Marajó onde aprendeu a falar português.Chegou em Canoa Quebrada a primeira vez em novembro de 1984.
Jerome já tinha experimentado o vôo de ASA DELTA, mas ver alguém dando vida ao sonho de ser pássaro...foi encantador,afinal o sonho de Ícaro, cabia numa mochila?
E assim foi correndo, ou melhor, voando para uma das primeiras escolas de parapente do mundo.Hoje, olhando para trás vê quantas loucuras cometeu em nome do “aprendizado das decolagens”,mas o brilho nos olhos revela que não se arrepende.E lembra também que teve que trabalhar muito até juntar dinheiro para pagar as aulas e comprar seu primeiro equipamento, que por ser raro era muito mais caro do que hoje em dia.Mas o esforço valeu a pena e no final de 86 veio com a sua própria “mochila” para o Brasil. Depois do primeiro vôo,
o nosso Ícaro não parou mais de voar...
Assim escreveu seu nome na pedra(nuvem)inaugural do parapente nesse país.
E o que quase ninguém sabe, é que foi Jerome quem apresentou também o parapente a Pepê. Os dois logo ficaram amigos e viajaram pelo mundo divulgando a novidade!
Com base ainda no Rio , foi ao sul da Bahia de moto e descobriu Itacaré, quase que intuitivamente relembra, lugar onde construiu sua primeira casa em terras brasileiras.
E logo pegou sua “mochila voadora” e foi divulgar o parapente pelo nosso país.
Contabiliza vôos em:Atibaia, Serra Negra, Campos do Jordão, Petrópolis, Niterói, Teresópolis, São Conrado, Chapada Diamantina, Jibóia, Governador Valadares, Moeda, Espírito Santo, Brasília, Goiás, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Bahia , Ceará etc...
"é preciso ter vocação para voar”
E quem diria, foi outra grande paixão que o fez trocar Itacaré por Canoa Quebrada em 1992. Melhor chamar de AMOR a primeira vista! Lembra emocionado a primeira vez que viu Lijanira...
“quando a vi passar, disse para uma amiga,vou me casar com aquela moça"
Não foi tão fácil como ele imaginava mas aconteceu,e eles estão juntos há duas décadas, dessa união nasceu Luana.
“Luana já voa sozinha, surfa e faz kite surfe”
Conta o pai todo orgulhoso!
Em Canoa Quebrada é possível alçar vôo direto da areia da praia (ponto zero) que ainda funciona como uma espécie de “acolchoado” na aterrissagem.
Vale salientar que o esporte está mais seguro a cada ano por causa da evolução dos materiais , tanto na performance como na segurança. E para quem se interessar recomenda procurar uma boa escola, levar as aulas assim como o vôo a sério e nunca se satisfazer com poucas informações.
“ a pilotagem é relativamente fácil, mas não dá para esquecer que estamos lidando com uma aeronave, a mais leve do mundo e também a mais sensível” e acrescenta... ”é imprescindível conhecer as turbulências, os ventos, aerologia geral”.
" nossa geração tem muita sorte por poder pegar o sonho de Ícaro e realizá-lo".
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Salve salve!!
Se é de paz, pode chegar!!!