14 de jul. de 2010

Quinta da Paz

Dia desses fui para Itaipava passar frio na Serra Imperial.

Mas Petrópolis acabou virando uma excelente opção, graças a Bauerfest... para torcer contra a seleção Argentina , heheh ...aproveitei para me infiltrar na colônia alemã mais próxima!!
Cá entre  nós, parece que funcionou!
Foi o 4X0 mais bonito da copa , não foi não?

Eu que nem gosto muito de futebol me surpreendi,torcendo tanto. 
Acredito ter sido culpa minha também a desclassificação da nossa seleção... não é que eu esqueci de levar a camiseta da sorte nessa viagem?! 
Pimba, a Holanda marcou aqueles dois gols totalmente desnecessários.
Mas a festa alemã no dia seguinte foi linda!!!

Voltando para Itaipava...
Nas férias aliás, esqueça aquele papo de
"vamos saber onde ficar quando chegar lá..."
eu saí com essa idéia...e confesso, não funcionou.
Roubada!!!
Nesse final de semana em especial, todos os lugares pareciam lotados... e com pouquíssimas placas indicando novos destinos dormidouros... acabei numa, que não aconselho de jeito nenhum...

A outra opção que consegui no dia seguinte, fica em Nogueira, a Pousada Tanourin é simpática e honesta. 

O pessoal de lá uma gentileza só!
Valeu galera!!!

Eis que tudo melhorou quando finalmente encontrei o lugar ideal... 
A Quinta da Paz, recebe bem na sexta, sábado, domingo...é uma beleza!

Devolveu a essa saga aquele toque suave, aconchegante e romântico!

Amei...
O Resort é um pouco afastado, fica no Vale do Cuiabá , onde existem outras opções bem confortáveis também.
Mas as cerejeiras em flor...
a Paz daquele Vale...
a sensação de exclusividade do lugar...
huuuuuuuum...

Merecidamente faz parte do Roteiro do Charme!
Com heliponto, quadras de tênis, espaço zen, gazebos...lareira no quarto e um serviço mega fofo...a Quinta traz a Paz prometida no nome e de quebra uma vontade de quero mais!!!

10 de jul. de 2010

Itaipava e suas histórias!!!

Passeando pela região de Itaipava, cheia de condomínios, shoppings, pousadas e restaurantes, é difícil imaginar que um dia, há não mais de 300 anos atrás, esses eram caminhos ásperos, percorridos por homens com espírito desbravador. Para lembrarmos esses tempos e nos situarmos na história vamos voltar a 1723, um século antes de D.Pedro II fundar Petrópolis - 1843.



As primeiras minas de ouro tinham sido descobertas, a lavoura açucareira estava em plena crise. Homens que vinham do Nordeste decadente, das cidades, vilas e sertões, de Portugal e outras nações européias, ávidos da nova riqueza, iniciavam uma “corrida do ouro”, transformando a região das Minas Gerais no novo centro econômico do Brasil-Colônia.



A principal trilha que ligava o Rio de Janeiro, porto oficial do embarque das riquezas com destino à Lisboa, às Minas era o Caminho Novo.

Atravessando a Serra do Mar, os tropeiros enfrentavam escarpas íngremes e terrenos alagadiços demorando, em média, 30 dias para fazer a travessia. Mais ou menos por volta de 1722, o sargento-mor Bernardo Soares de Proença descobriu uma variante do Caminho Novo que foi imediatamente adotada já que, além de ser menos acidentada, encurtava em 4 dias a viagem.
Esse caminho, conhecido como Caminho da Serra da Estrela ou Caminho dos Mineiros, tinha o seguinte trajeto:

da Baía de Guanabara, subia-se em pequenos barcos pelo rio Inhomirim até o Porto da Estrela, seguindo a pé até a Raiz da Serra depois chegando ao Alto da Serra. E a viagem continuava passando pela atual Rua Tereza, Quissamã, Itamarati, parte de Cascatinha, atravessando o Rio Piabanha, a Estrada do Carangola, Araras, Secretário, Fagundes, Cebolas e Santo Antônio da Encruzilhada, o bairro mais antigo de Paraíba do Sul. A partir desse ponto seguia em direção à Serra da Mantiqueira utilizando o mesmo traçado do Caminho Novo.


Como prêmio pela descoberta desse caminho, Proença ganhou da Coroa Portuguesa um lote de terra, uma sesmaria, a Fazenda Itamarati. O senhor Luis Peixoto da Silva, presumível companheiro de trabalho do sargento Proença, ganhou a terra vizinha, na época chamada de Fazenda Belmonte, depois Fazenda Samambaia.




Alguns anos depois chega à região o português Manuel Correya da Silva que, vindo de Goiás com fortuna acumulada na mineração, se encanta com a serra. Resolve então se fixar e, alimentando o sonho de construir uma cidade, compra uma sesmaria e depois outras fazendas vizinhas, inclusive a Fazenda Belmonte. Casa-se com Brites Maria da Assunção Goulão, filha única de Manuel Antunes Goulão, de quem também compra as terras se tornando proprietário de mais da terça parte do atual município de Petrópolis. Constrói uma estação de remonta com armazém, hospedaria e ferraria que passa a ser parada obrigatória dos tropeiros que viajavam do Rio para as Minas Gerais. Manuel Correya é o responsável pela formação do primeiro núcleo social dessa região.





Um de seus filhos, Antônio Thomaz de Aquino Correya Goulão, decide pela carreira eclesiástica e ordena-se padre em 1783. Com a morte do pai, herda as terras denominadas Posse de Manuel Correya (atual distrito de Correias), que daí por diante passa a ser conhecida como a Fazenda do Padre Correya. Dona Brites, agora viúva e dona de grande fortuna, resolve ir morar com o filho padre. Amplia a casa e constrói uma linda capela dedicada à Nossa Senhora do Amor Divino.


A imagem que ornamentava a capela foi trazida de Portugal e é considerada a mais antiga escultura sacra da cidade. Segundo a pesquisadora D. Maria Luiza Guimarães Salgado, descendente de Manuel Correya, essa capela e as da Fazenda Samambaia (antiga Belmonte) e Santo Antônio (antigo Engenho da Soledade), também construídas por D.Brites, foram, muito provavelmente, obras do Mestre Valentim, considerado, junto com Aleijadinho, um dos maiores artistas da época.
 Dona Brites morre em 1800 e seu filho continua a investir na fazenda iniciando o cultivo de frutas européias - marmelo, pêra, maça, pêssego, uva e damasco. Como oferecia sua casa para hospedagem, Padre Correya tornou-se figura muito popular naquela época. D.Pedro I, quando viajava para Ouro Preto, costumava pousar por lá e, nos verões, fugindo do calor do Rio, passava uma grande temporada hospedado na fazenda junto com a imperatriz D.Leopoldina.



Quando Padre Correya morreu, em 1824, quem assumiu a fazenda foi sua irmã, D.Arcângela Joaquina. D.Pedro I continuou desfrutando a hospitalidade da família Correya inclusive criando certo embaraço quando ali se hospedou com sua amante, a Marquesa de Santos. Em 1829, já casado com D.Amélia, D.Pedro tenta comprar a fazenda mas D.Arcângela, não querendo se desfazer das terras, recusa a proposta e oferece a Fazenda do Córrego Seco que estava hipotecada a seu filho, o Cônego Alberto da Cunha Barbosa.

 

D.Pedro I realiza a compra em 1830, batiza as terras como Fazenda da Concórdia e faz planos de construir um palácio de verão. O projeto nem chegou a ser iniciado pois D.Pedro renunciou ao trono um ano depois. Só em 1843, através de um Decreto Imperial assinado por D.Pedro II, então com dezoito anos, é que se dá início ao povoamento da Fazenda Córrego Seco, depois chamada de Petrópolis, cidade de Pedro.




Sei que meu texto ficou cheio de datas - pelo menos estão em ordem - mas é que sem elas fica difícil organizar o assunto. Através delas posso concluir que se D. Arcângela Joaquina não fosse uma mulher tão determinada não teria dito não ao Imperador. Imagino, cá com meus botões, que esse não deve ter causado grande reboliço afinal D.Pedro só devia estar acostumado a ouvir sim. E se ela tivesse dito sim, muito provavelmente o centro desse município seria Correias. Mais ainda, se não fosse o sonho do pai de D. Arcângela, Manuel Correya, se não fosse D.Brites a lhe dar filhos, se não fosse o ouro das Minas Gerais, se não fosse a ambição do homem...eu não teria história nenhuma para contar.



(pesquisa Denise Tati)

...ainda sobre Petrópolis..."Quem foi o Koeler da avenida??"

Um nome, uma história ! (ou muitas...)

Já me vi várias vezes querendo saber quem seriam os homenageados que dão nome a várias avenidas e ruas em várias cidades do nosso país.Afinal quem foi fulano, ciclano, beltrano?

Alguns todos nós sabemos, outros alguns sabem...existem vários que somente os descendentes conhecem, mas isso também é um cápítulo a parte...


Lendo uma coluna chamada "BISBILHOTECA"...bom nome esse,numa revista que trouxemos de Petrópolis e que também se se chama "PETRÓPOLIS",apareceu a explicação sobre o nome de tão imponente avenida, uma homenagem ao Major Julio Frederico Koeler!


Transcrevo o texto de Isabela Lisboa aqui:

A bela avenida leva o nome do pioneiro da colonização germânica!

Num dos endereços mais charmosos de Petrópolis, estão presentes alguns dos mais belos e importantes casarões do século XIX, da Cidade Imperial. Tombada pelo IPHAN , a avenida Koeler é passagem obrigatória para quem visita o lugar.
Situada entre dois pontos turísticos importantes - a praça da Liberdade e a Catedral São Pedro de Alcântara- a avenida margeia o Rio Quitandinha que torna o local uma das mais belas vistas
urbano-paisagísticas de Petrópolis.

Quem foi Julio Frederico Koeler?  

O Major nasceu em 1804, na Mogúncia
grão-ducado de Hesse.
Em 1828, veio servir o exército brasileiro. Mas em 1830, D. Pedro I dissolveu os batalhões estrangeiros, afastando Koeler do exército. Para continuar na carreira militar ele se naturaliza e inicia obras de melhoria da Estrada Serra da Estrela.

Nesta época, o navio Justine aportava no Rio. Nele viajavam colonos germânicos que seguiam para Austrália, mas revoltados com os maus tratos sofridos durante a viagem, decidem permanecer no Brasil. Koeler então os contrata para trabalhar nas obras da estrada.


Com o arrendamento da Fazenda Córrego Seco, que pertencia ao Dom Pedro II, Koeler reservou terrenos para a construção do Palácio Imperial , do povoado, de uma igreja e de um cemitério.
Nascia assim, em 1846 Petrópolis... a primeira cidade planejada da América Latina... e a influência da cultura germânica na região, homenageada a cada ano através na Bauernfest.  
  

9 de jul. de 2010

Petrópolis - RJ.

Como é bom viajar !!!
Viajar com quem se gosta então... nem se fala... se o lugar escolhido traz em si alguns encantos, recantos , histórias e  mistérios...
clima bom...gente fofa, boa culinária... humm,  a satisfação  é  garantida!


Se a idéia é sair da rotina, sossegar e namorar um pouquinho...Petrópolis e região continuam sendo uma excelente opção!



Mas você precisa se organizar antes... a cidade é linda , mas super mal sinalizada...
os quiosques de informações turísticas fecham em horários inacreditáveis  e não funcionaram direito nem durante a Bauernfest  este ano.

0800- 024 1516Disque Turismo:


Petrópolis tem  muitos atrativos e opções em si e ao redor...
com direito a revisitar a história do Brasil Imperial.

Conta ainda  com mais de 80 hotéise pousadas e cerca de 160 restaurantes, para todos os gostos e bolsos...
Os roteiros oferecidos variam do histórico-cultural , ecológico, rural , gastronômico , aventuras e compras!
Prá quem vai passar apenas um dia por exemplo... existe um circuito a " pés " pelo Centro Histórico...




Começando pelo Palácio de Cristal,   com a opção de passear de "Vitória" (charrete) pela
Av.  Koeler  uma das mais bonitas da cidade com seus casarões e palácios do século XIX,
onde estão o Palácio do Rio Negro e a Catedral São Pedro de Alcântara, imperdível para quem aprecia arquitetura e história do nosso país.


Bacana visitar também o Museu que foi casa de Santos Dumont..." A Encantada " como é conhecida foi construída a pedido do próprio Pai da Aviação e  adaptada para suas necessidades e desejos , mostrando assim a genialidade do homem que revolucionou a século XX com seus inventos!



Se você quiser se aprofundar nesse assunto, sugiro seguir até Cabangu em Minas Gerais, onde fica a casa da fazenda dos pais de Santos Dumont e também  funciona um Museu da aviação bem interessante , mas esse é um capítulo a parte!
Voltando para Serra Verde Imperial...



Na Rua Imperatriz fica o Museu Imperial que dispensa apresentações !!!
Eleito em 2007 como uma das sete maravilhas do estado do Rio de Janeiro , o antigo palácio de verão de Dom Pedro II, nos leva a uma viagem ao passado...

Logo em frente ao Museu, fica o Palácio Amarelo com seu interior de paredes pintadas com escaiolas marmorizadas, luminárias e decoração exuberante.

Seguindo o trajeto histórico-cultural, o Relógio das Flores, une a beleza natural com a engenhosidade do homem.


Mas independente de qual roteiro seguir, a viagem nos leva a um outro clima literalmente...
mais fresquinho,  e tranquilo!
Desde a saída do Rio de Janeiro a estrada é tranquila e até chegar na Serra bem sinalizada. Adooooro os tapetes coloridos artesanais feitos por moradores que enfeitam o caminho aliás!

Escolher a época de visitar a região determina o clima da viagem...literalmente!